As crónicas (e não só) do Diogo ….
Olá Amigo(a)s e Colegas (sempre por esta ordem, primeiro Amigo(a)s e só depois colegas), cá estou eu novamente (tenham paciência), mas, sinceramente, espero que me aturem mais umas semanas porque eu estou a gostar imenso.
Primeiro deixem-me vos lembrar o que lhes disse a semana passada (e que não é mais do que um dos meus lemas de vida), não tenho por hábito tomar as Pessoas, os Amigos, os Amores, as Paixões ou as Iniciativas de ânimo leve, mas sim muito, mas mesmo muito, a sério, até porque tenho muito respeito por quem me rodeia e sobretudo por mim mesmo (entendam como quiserem), por isso vou partilhar convosco algo que só partilhei com poucas pessoas (pouquíssimas mesmo).
Trata-se apenas um momento de catarse que passei para o papel, não sou poeta nem tenho tal presunção, aliás seria não ter respeito por mim mesmo se me considerasse como tal, mas não deixo de pensar que o nosso mundo seria muito melhor, se mais poetas existissem. Se calhar não sendo poeta posso fazer passar muita poesia a todos nós, se nós estivermos de peito e espírito aberto perante a vida (não a vida “convencionada” por outros, mas sim a NOSSA vida).
Desafio desde já os meus Amigo(a)s e Colegas (sempre por esta ordem, primeiro Amigo(a)s e só depois colegas) a escrever poesia ou, então, a nos fazer passar poesia para a nossa vida, da melhor maneira que souberem, não precisamos de sermos “Fernandos Pessoas” para sermos poetas, basta sermos nós mesmos, como foi Fernando Pessoa simplesmente ele mesmo.
Sofrimentos
(Genocídio de sentimentos)
O sofrimento é o genocídio dos sentimentos,
O sofrimento é o esvaziar da nossa vida e da nossa alma,
O esvaziar da vida e da nossa alma é o sonho “apenas e tão só” sonhado e nunca cumprido…
O sonho não cumprido é o sofrimento da paixão “indeclarada” que nos esmaga a alma e o peito
A paixão “indeclarada” que nos esmagada o peito, nasce e renasce todos os dias, pelas palavras acorrentadas e condenadas que nunca dizemos e que, dentro de nós, só dentro de nós, nos esfaqueiam a alma e o coração todos os dias!!!!
Sempre todos os dias!!!
Sempre todas as noites!!!
Sempre…
As palavras, que acorrentamos e não as dizemos porque não convêm …
As palavras, que acorrentamos e não as dizemos porque não existem (a não ser para nós)
As palavras, que acorrentamos e não as dizemos porque nunca pensamos em nós mas sempre,
Sempre,
Sempre,
Sempre,
Sempre nos “outros” e em mais mil e um sentimentos, irreais, impostos,”inviviveis”…
Sentimentos reprimidos que nos “ditaduram” por dentro
Sentimentos reprimidos que nos “Salazarizam” por dentro
Sofremos pelo que não fizemos
Sofremos pelo que nunca perguntamos
Sofremos pelo que não dizemos
Sofremos pelo que sonhamos e não realizamos
Sofremos pelos beijos nunca sentidos
Sofremos pelos sonhos arrasados!!!!!
A dor é que sentimos é inevitável?
O sofrimento que vivemos é inevitável?
A vida é inevitável, sim, inevitável, e não apenas “relesmente” e estupidamente sonhada!!!
E a dor?
E o sofrimento?
E a angustia das presenças desejadas, ansiadas e nunca vividas?
Serão elas inevitavelmente, “relesmente” e estupidamente vividas???
A vida é sofrimento ou é nossa?
Diogo Luís
14.5.07
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3 comentários:
Caro amigo e colega, se calhar todos nós somos um pouco poetas, não com a grandeza de Fernando Pessoa, que como disseste bastou-lhe ser era ele próprio,( e eu acrescento)e mais uns poucos, para nos deslumbrar com a sua imaginação mais do que fértil. Fernando pessoa deve servir de inspiração a todos quantos,que quando começam a falar nunca mais se calam e nem se apercebem de tanta asneirada que estão a dizer, pelo menos o nosso poeta teve a consciência de, quando lhe acertava o arrebatamento da imaginação,escrever e então só depois decidir se tais palavras deveriam ser tornadas públicas.Qualificado por alguns com palavras depreciativas, o nosso poeta foi um dos homens mais conscientes de que possamos ter memória e caro amigo e colega, tens razão, a vida não tem graça sem poesia!
Caro colega Diogo!
Antes de mais, queria que transmitisses aos teus jogadores, (União) uma grande força para dar a volta ao resultado contra o Freamunde. Sei que o árbitro não foi nada neutro como lhe competia ser, e a comunicação social, também não mostrou a grandeza que reivindica.
O União tinha bem mais de 1. 500 adeptos na “Central do Caldeirão” !
Em relação ao teu poema, na minha opinião está óptimo.
Termino afirmando que a fasquia está a aumentar em relação aos teus textos. São bons, recomendam-se, e, já que falamos em poesia, lanço-te esta questão elaborada por Carlos Drummond de Andrade no final de um seu poema: “ E aí José?”. Esta pergunta responde a todas as alarvidades pouco pensadas que lemos nos nossos dias dizendo-lhes, que em nada se revêem com o que se lê. É confuso este meu raciocínio? E depois? O que é que ganham com essas indirectas? As pessoas que nos amam é que contam, o resto cinge-se aos pequenos pensamentos da praxe.
Eu também sou imensamente feliz, adoro ser quem sou, tenho a consciência daquilo que valo, e mais, acho que sou bonito.
E já agora um abraço àquele casal que realmente está a sofrer. Os país da menina Inglêsa.
Grande abraço.
Beijos e abraços
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