
O Portugalzinho(que é como quem diz a nossa Selecçãozinha de Rugbyzinho) …
A propósito da nossa selecção de Rugby, temos assistido na nossa comunicação social a uma exaltação de valores patrióticos e de participação desportiva tipo “jogo pelo jogo”, que em nada nos abonam enquanto nação. Reparem na exaltação das “vitórias morais”, reparem como o país pára para ver a nossa selecção perder por muitos, reparem como o sentimento muito português (e muito antigo) do “pobrezinho mas honrado” nunca foi tão exaltado como ultimamente, infelizmente e particularmente pelas muitas “mentes brilhantes” da nossa comunicação social, as mesmas que se “assustam” quando o nome de Oliveira Salazar ganha qualquer coisa.
Esta situação fez-me reflectir muito particularmente enquanto português, enquanto cidadão, enquanto parte de uma nação e faz-me sobretudo reflectir em como as nossas metas são invariavelmente e estupidamente baixas. Atenção, não coloco em causa que a nossa selecção deu tudo, não coloco em causa que a nossa selecção tentou ao menos não perder por muitos, que cantou bem a Portuguesa, etc., etc. (qualquer desportista digno desse nome o deve fazer, não por obrigação mas por factores culturais intrínsecos ao desporto). Agora que estes factores só “per-si” sejam motivo de exaltação nacional como foi, e referen
ciada diariamente como algo de heróico, vai uma enorme distância (sem dúvida nenhuma a distância que medeia o subdesenvolvimento do desenvolvimento desportivo e social). Meus caros amigos, uma derrota é uma derrota, não há nos nossos dias “vitórias morais” e quem pensar que elas existem estará prestes a ser deixado para trás em vários sectores, inclusive, e sobretudo, na nossa vida profissional e particular! A nossa selecção de Rugby já o foi! Em próximos torneios, as selecções das “vitórias morais” não terão acesso! Têm de ganhar se quiserem vencer, para conseguirem ser admitidas entre os melhores! Por isso deixemo-nos de fantasias e comecemos a pensar em situações viradas para o sucesso efectivo. Comecemos a pensar como adultos e não como criancinhas infantilmente felizes com um pequeno rebuçado. Comecemos a balizar-nos por metas que valham a pena. É meio caminho andado para a evolução social e individual que pretendemos mas que não conseguimos alcançar, e, sobretudo, passados 33 anos do 25 de Abril, deixemos para trás os velhinhos slogans dos “pobrezinhos mas honrados”, dos “pão e vinho sobre a mesa”, da “saudinha da boa” e de outros que nos espartilharam a alma e os movimentos enquanto povo, durante muitas décadas.
Até para a semana, um abraço do Diogo.

Até para a semana, um abraço do Diogo.
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