31.5.07

Crónicas (não é conversa fiada!!!) do Diogo – V


Aos colegas da Licenciatura de Serviço Social

O que podemos e devemos fazer no âmbito social (apenas um exemplo)


Projecto:
“Futebol de Rua” – Campeonato Nacional de Futebol de Rua 2007 – destinado a “estratégia inovadora de intervenção social no combate à pobreza e exclusão social”
Projecto nacional responsabilidade “Cais”, com o alto patrocínio de S. Ex.ª o Presidente da República.
Participação a nível regional e nacional de várias equipas, constituídas por pessoas menos favorecidas social e economicamente.

Patrocínios oficiais:
Ministério do Trabalho e Solidariedade Social
Presidência do Conselho de Ministros
Instituto do Desporto
Federação Portuguesa de Futebol
Projecto Abrigo
Patrocínio particulares:
Companhia de Seguros Allianz


Organização na Madeira AMDpT (Associação Madeira Desporto para Todos)

Conceito/filosofia de base da acção proposta
Conceito excelente, o de aglutinar e potenciar sinergias entre a envolvência do futebol nos seus múltiplos aspectos sociais e humanos e aplicá-las a campos de acção socialmente mais amplos.


O que podemos e devemos fazer no âmbito social – Participação Cívica

Participei ajudando na constituição de equipas para representação da Cáritas do Funchal, onde coloquei à disposição deste grupo de pessoas excluídas e marginalizadas socialmente, conforme instruções específicas constantes do regulamento e criteriosamente seleccionadas pelos Serviços de Acção Social da Caritas Funchal, todo o material de treino da equipa de futsal do Centro Cultural e Desportivo da Empresa de Electricidade da Madeira, bem como foi associada a estas equipas a contribuição graciosa do respectivo treinador da Secção, Sr. Marco. Este envolvimento de um responsável técnico visa também uma consequência de causa-efeito, nomeadamente no aproveitar de valores aparentemente desligados de uma modalidade, mas com potencial de aproveitamento desportivo futuro, não basta contribuir é preciso continuar.
Apesar de um participante lesionado o restante torneio decorreu dentro da normalidade.


O que não podemos nem devemos fazer!!! – O não respeito e a não observação das condições regulamentadas oficialmente.

Ganhou o torneio um equipa do “Centro Comunitário das Murteiras”, constituída por pessoas empregadas, sem dificuldades económicas ou sociais e antigos atletas federados!
Apesar dos protestos de alguns centros participantes junto da organização (AMDpT), o torneio decorreu até ao fim, no final os elementos da organização confraternizaram com as individualidades convidadas e comunicação social presente, se calhar fazendo “boa figura” à custa das pessoas “excluídas e marginalizadas socialmente” (conforme regulamento).


Aos colegas da Licenciatura de Serviço Social – O podemos e devemos fazer na nossa futura vida social e profissional.

Lembrem-se do exemplo positivo na base do projecto, mas lembrem-se sobretudo do exemplo negativo dado pela organização.
Após a Vossa licenciatura, quando ocuparem cargos de responsabilidade na área social, procurem ver para além do protagonismo pessoal, para além das fotografias publicadas na imprensa, pensem no principal, nas pessoas, nem tudo serve de “bengala” numa pretensão de ascensão social ou notoriedade colectiva, muito menos e sobretudo as pessoas menos favorecidas, lembrem-se o essencial na área social onde intervirem são as pessoas e não vocês!


Até para a semana
Diogo Luís

1 comentário:

Anónimo disse...

O “V” do título é de Vitória?
Os excluídos não são só os que (sobre)vivem pelos cantos à margem da sociedade.
Excluídos são também os que nada fazem para alterar essa situação.
E já agora, a fase final do campeonato nacional de futebol de rua tem lugar na Lousã, entre 5 e 7 de Junho e para atestar que isto é mesmo a sério, posteriormente será formada uma Selecção Nacional que disputará o Homeless World Cup.

www.homelessworldcup.org