“O sorriso é uma máscara ou um manto que cobre uma multitude de dores.”
(Madre Teresa de Calcutá)
Livro: “Madre Teresa: seja a minha luz” - Cartas pessoais de Madre Teresa de Calcutá.
Autor: reverendo Brian Kolodiejchuk .
Obra a publicar pela editora Doubleplay, Estados Unidos, no próximo dia 4 de Setembro.
“Por favor reze especialmente por mim para que eu não estrague a Sua obra e que Nosso Senhor possa mostrar-se, pois há uma escuridão tão terrível dentro de mim, como se eu estivesse morrido.” (Madre Teresa de Calcutá)
Será publicado pela editora Doubleplay, no próximo dia 4 de Setembro, nos Estados Unidos, o livro “Mother Teresa: Come be my light”, livro este que resulta de uma compilação de cartas pessoais de Madre Teresa de Calcutá.
Através destas cartas pessoais, escritas durante a sua vida de missionária, e apenas agora reveladas, Madre Teresa revela-nos, estranhamente para nós que não estamos habituados a “entender” os nossos semelhantes em vários aspectos, todo o seu lado humano e pessoal. Enquanto, por entre as misérias humanas extremas das ruas de Calcutá, tentava superar todos os obstáculos físicos que se lhe deparavam na implantação da sua grande obra humanitária, revelando em todo este trajecto o seu enorme desprendimento de bens materiais, e, sobretudo, revelando uma fé inabalável e indestrutível, Madre Teresa deixava todas as suas dúvidas existenciais e espirituais para as palavras que escrevia aos seus amigos e guias espirituais.
“Na minha própria alma, sinto a terrível dor da sua perda. Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente.” (Madre Teresa de Calcutá)
O lado humano sobressaiu nestas profundas palavras. A condição humana que enfrentava, dia após dia pelas ruas, fazia com que todas as suas dúvidas momentos de fraqueza humana se trespassassem para as palavras que escrevia em privado.
Sobressaltava-se com várias dúvidas, pensava a condição humana e sentia e questionava como todos nós o fazemos, uns mais abertamente outros nem por isso.
“Digo palavras de orações comunitárias e faço de tudo para tirar de cada palavra a doçura que ela tem de transmitir, mas a minha oração já não existe (…) não rezo mais.” (Madre Teresa de Calcutá)
Apenas tenho lido os relatos que aparecem publicados, não tenho, por conseguinte, a leitura particular e o contexto abalizado pelo livro a publicar, mas, com base no que já li, e falando a título muito pessoal, o meu enorme apreço e admiração pela obra feita e pela personalidade desta grande Senhora aumentaram exponencialmente.
“Na minha própria alma, sinto a terrível dor da sua perda. Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente.” (Madre Teresa de Calcutá)
Os sentimentos, as dúvidas, as lutas interiores reveladas nestas cartas, revelam-nos que não só no exterior, no concreto da obra, nas ruas de Calcutá, se travaram lutas tremendas. Também no interior da sua obreira principal, no interior da pessoa, da Mulher, Teresa de Calcutá, houve que reunir forças e capacidades sobre-humanas para não sucumbir à miséria humana, como sucumbiram muitas das pessoas que ele tentava ajudar.
“Jesus tem um amor muito especial por si. Quanto a mim, o silêncio e o vazio são tão grandes que olho e não vejo, escuto e não ouço.” (Madre Teresa de Calcutá)
Madre Teresa de Calcutá, não conseguia ver nem conseguia escutar. Por vezes, sentia um vazio enorme no seu interior. Quem nunca passou este estado de espírito? Todos nós! Sem excepções todos nós em alguma etapa da nossa vida passámos ou passaremos (para os que levam uma vida mais calma), por semelhantes etapas. Faz parte da vida, faz parte do nosso crescimento interior.
Mas pensem, se Madre Teresa de Calcutá, com todas as dificuldades que nos evidenciou, com todos os contra-tempos, faltas e condições adversas, e, sobretudo agora, com as dúvidas e questões pessoais e espirituais que nos revelou, fez a obra que fez e nos legou, nós com a “vidinha” que levamos temos a obrigação de tentar, sobretudo e ao menos tentar, deixar alguma obra feita em prol dos outros, nem que seja ao menos afortunado que encontramos na beira da estrada por onde passamos todos os dias. Não precisamos de viajar a Calcutá como ela fez, podemos fazê-lo por cá, devemos isso não só a Madre Teresa de Calcutá mas também a nós próprios e aos nossos filhos!
Até para a semana…
Diogo
29.8.07
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1 comentário:
Atenção admiradores da vida e obra de Madre Teresa de Calcutá: a Revista Visão dedica-lhe a capa desta semana e uma grande reportagem intitulada "A vida secreta de Madre Teresa de Calcutá".
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